sexta-feira, 18 de abril de 2008

Obra: "O Segredo do Rio"

Título: O Segredo do Rio

Personagens: Rapaz e peixe

Autor: Miguel Sousa Tavares

Ilustrador: Fernanda Fragateiro

Editora: Oficina Do Livro

Resumo por Duarte Leal, 5º E





Era uma vez um rapaz que morava no campo.

À volta de sua casa havia muitas árvores de fruto durante todo o ano, além de dois carvalhos que davam sombra e pareciam guardar a casa.
Junto do terreno havia um pequeno ribeiro, ladeado de faias e chorões onde o rapaz brincava com os seus irmãos, e que, em frente da casa formava um lago, onde o rapaz tinha aprendido a nadar.
Essa água era tão pura que servia para dar de beber a toda a aldeia, para cozinhar e para pescar, por isso todos tinham muito cuidado para não sujarem o rio.
O rapaz quando estava calor tomava muitos banhos no rio, com os olhos abertos, por isso já conhecia bem o fundo do rio.
Certo dia de Primavera, o rapaz viu uma coisa extraordinária: um enorme peixe a saltar fora de água! Tal salto deu que a água salpicou tudo até junto do rapaz que, com um ar espantado, viu a sombra do peixe a andar de um lado para o outro. Logo a seguir voltou a ver metade do grande corpo do peixe a olhar para ele e qual não foi o seu espanto quando o peixe falou com ele.
O peixe perguntou-lhe se aquele rio era dele e a reposta não se fez esperar, ainda que a gaguejar, respondeu-lhe que sim. Logo a seguir mergulhou para respirar e voltou, de novo, para conversar. O peixe perguntou se podia ficar a viver lá. É claro que o rapaz respondeu que sim, pensando que a partir daí, teria um amigo com quem brincar, nadar e conversar.
Todos os dias o peixe e o rapaz brincavam muito, o peixe, por vezes, levava o rapaz a ver o fundo do rio.
Quando chegou o Outono não choveu e a família começou a passar fome, pois as colheitas não foram boas, o porco que era para ser morto quando estivesse gordo não engordou o suficiente para dar comida para dois meses, no pomar a fruta apodrecia. À noite o pai estava preocupado por ver os filhos com fome e não ter nada para lhes dar. Então a mãe lembrou-se de ter visto uma grande carpa no rio que deveria dar comida para dois meses até o porco ser morto.
Após ouvir tal coisa o pobre rapaz gelado com a situação correu para junto do seu amigo, para o avisar do perigo que corria. O peixe percebeu e foi-se embora.
O rapaz triste com a traição e por ter perdido um amigo voltou para a cama. No dia seguinte o pai ficou bastante desiludido ao ver que a carpa se tinha ido embora, ele perdeu a esperança.
Os dias sem o seu amigo passavam devagar. Até que uma bela noite de luar apareceu, novamente, o peixe que chamou o rapaz. Quase sem acreditar no que via, o rapaz cheio de alegria, desceu pela janela até junto ao seu amigo e entrou pela água dentro, abraçando-o, sentindo as suas escamas profundas e molhadas. O rapaz perguntou-lhe porque tinha voltado.
O peixe respondeu-lhe que tinha arranjado a solução para os seus problemas, enquanto apontava para um enorme saco.
O rapaz entusiasmado correu para o saco e viu que o saco tinha muita comida. No dia seguinte o rapaz chamou os pais até ao jardim onde lhes mostrou o saco. O pai e a mãe ficaram radiantes e perguntaram quem é que tinha trazido toda aquela comida, o rapaz apontou para o peixe enquanto dizia que independentemente de um peixe poder falar ou não a nossa língua pode ser nos útil e ser um bom amigo dos homens.
O pai, comovido com acção do peixe, fez uma tabuleta que dizia “proibido pescar aqui!” e colocou-a na margem do rio, o rapaz também escreveu numa tabuleta: “ este rio tem um segredo e esse segredo é só meu!” e colocou-a ao lado da que o pai tinha feito.
O rapaz e o peixe ficaram para sempre amigos!

Sem comentários: